À procura...
Sentada, mergulho nos meus pensamentos, por vezes obscuros, por vezes pacíficos, calmos, outras vezes de dúvida e solidão.
Sentada no escuro, sinto uma presença que acarinha, acalenta este desassossego constante, perturbante.
Esta sensação de abandono, de acusação, de culpa.
É então que me levanto. Ergo-me para melhor ver e sentir, para enxergar a realidade e finalmente perceber que nada mais será igual, que não haverá mais conselhos, mais apoio, que terei que viver por mim, decidir por mim e aprender a lidar com o julgamento alheio.
Percebo por fim que o caminho seguro não é mais aquele que conhecia e seguia, que terei que desvendar novos roteiros para chegar ao destino, que o destino é incerto, acidentado e sinuoso.
Mas é nessa direcção que tenho que seguir.
Apenas falta perceber como.