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Da avaliação, das dificuldades e do revirar de um dia-a-dia...

21.05.11, Abigai

 

 

 Já passaram algumas semanas desde a entrega da avaliação do G., é verdade, mas na realidade, pouco haverá a dizer, além de tudo o que já tem sido dito.

O G. continua a apresentar muitas dificuldades, manteve praticamente as notas do período anterior, excepto a matemática, disciplina na qual apresenta agora uma avaliação negativa.

Como dizia no post o G. estava convencido que, apesar das dificuldades, a professora iria atribuir-lhe uma positiva.

Ficou desiludido, triste e também preocupado.

Eu não.

Esta negativa não irá impedir a passagem para o 6º ano e confesso não saber o que será melhor!

Estivemos reunidos com a psicóloga educacional que lhe presta acompanhamento na escola, com a directora de turma e aguardamos agora agendamento de uma reunião com a professora de matemática.

Os comentário colocados pela professora nos testes, deixam-me bastante perplexa e aborrecida, ao G. deixa um sabor amargo a derrota e a dúvida se vale ou não à pena o esforço que tem feito. Com frequência escreve 'tens que estudar mais', 'não percebeste nada', 'não estudaste',etc..

Acontece que, não sendo eu professora e não estando totalmente a par dos assuntos programáticos da disciplina, tenho forçosamente necessidade de delegar o acompanhamento do estudo a quem o entende.

Ajudo o estudo ou trabalhos de casa ao fim-de-semana mas nos dias úteis, o G. estuda no ATL e, pelo que me apercebi, está muitíssimo bem orientado e acompanhado por professoras competentes.

Seguindo a sugestão da psicóloga, preparei uma pasta com todas as fichas feitas pelo G., todos os apontamentos e exercícios efectuados no ATL e mandei o G. entregar à professora de matemática com um recado na caderneta a solicitar que visse o esforço do G. e, caso não achasse adequadas as fichas elaboradas pelo centro de estudos, que sugerisse outras mais ao encontro do que pretende dele.

A resposta não se fez esperar e além de salientar que não duvida do esforço e empenho do G., sugeriu um encontro. Espero entender-me com ela. Não pretendo que avalie de forma positiva o G. pelo simples facto que estuda e esforça-se. Apenas pretendo que seja justa com ele nas palavras que emprega e não o deite por terra simplesmente porque não consegue. Não podemos ser todos génios, alguns chegam lá, outros não. Contudo, não podemos desprezar e até mesmo rebaixar o que só por si já é difícil e traumáticos, menosprezar um esforço repetido e infelizmente sem grande sucesso, apenas irá levar o G. a desistir de todo este esforço e a concluir que não compensa. Não quero que tenha positivas pelo esforço, mas também não quero que seja rotulado de preguiçoso ou pouco estudioso porque não atinge os objectivos, devia sim ser encorajado a continuar o esforço e para isso, não precisa de uma boa nota, apenas de uma boa palavra.

 

Quanto a mim, iniciei esta semana uma nova fase na minha vida profissional, ainda é cedo para avaliar a decisão tomada, mas tudo indica encaminhar-se para o que esperava. O espaço é bom, as condições são excelentes, a autonomia não podia ser melhor, enfim, parece que desta vez acertei. É claro que ainda só passou uma semana, é claro que não sei se irão cumprir com o acordado, e claro, é um projecto novo, uma aposta nova, e como em tudo o que é inovação, pode não receber do público a resposta esperada ou mais adequada.

 

Esta mudança trouxe também algumas alterações na nossa vida familiar, o tempo agora escasseia, é um trabalho a tempo inteiro, de segunda a sábado, deixa algum espaço para mim por encontrar-me próxima de tudo e ter tempo para compras e passeios no intervalo para o almoço, mas deixa pouco espaço para a vida familiar. Mas como já aqui disse, o trabalho é para mim fundamental para o meu equilíbrio psicológico, para manter a minha sanidade e olhar para a vida com mais optimismo e fair-play!

Com boa vontade e organização, estou convicta que conseguiremos encontrar formas de contornar estes pequenos contratempos!

 

Imagem tirada da Internet

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