Preocupações acrescidas...
Amanhã é dia de apresentação a este novo ano lectivo.
Amanhã!
Mas hoje, ainda não eram 9h da manhã recebi um telefonema da directora de turma do G., a mesma do ano anterior. Uma chamada de preocupação - o que à partida agradou-me, pelo menos mostrou muito interesse na evolução do G., porque acabava de ser informada que este ano, a escola ainda não tinha autorização nem verbas, para a contratação da psicóloga educacional.
A professora queria saber se o G. tinha algum acompanhamento fora da escola ou, caso não tivesse, se podia tratar de encaminhá-lo para algum psicólogo uma vez que ele tanto precisa e a escola não o irá providenciar, pelo menos no primeiro período.
Ainda não há certezas quanto ao segundo periodo, poderá eventualmente haver contratações em Janeiro, mas por agora, confirma-se que a Dra. M. não estará presente para prestar apoio ao G. ou a qualquer outra criança.
Compreendo a preocupação da professora. O alerta dela foi bem intencionado e mostrou sem dúvida que está atenta e o interesse que tem pelos seus alunos. O G. não é o único menino da turma a beneficiar deste acompanhamento e não será o único prejudicado, o que irá também complicar a tarefa dos demais professores.
Como cheguei a referir aqui já tencionava proporcionar uma terapia mais adaptada às necessidades do G., em complemento ao acompanhamento da psicóloga da escola direccionado para a vertente educacional e de dificuldades de aprendizagem e compreensão.
Assim, já estava preparada para assumir um custo adicional, fora da escola.
E o que não fazemos pelos nossos filhos, não é?
Penso conseguir proporcionar ao G. este acompanhamento e se, por ventura, acontecer algum imprevisto financeiro, sei também que terei sempre alguém por perto para ajudar no que for necessário.
Felizmente tenho esta sorte. E os outros meninos cujas famílias não podem suportar estes encargos? O que vai ser deles?
Tenho agora preocupações acrescidas. Além de tentar ultrapassar as dificuldades emocionais do G., a psicóloga que irei contratar terá também que ajudar na parte educacional de desenvolvimento cognitivo.
Por outro lado, avizinham-se tempos iniciais difíceis porque, sempre que o G. se sentia diminuído, frágil ou simplesmente como peixe fora do aquário, recorria à Dra. M., que com muito carinho, compreensão e dedicação, conseguia ajudá-lo a reencontrar o caminho. Além disso, quando o G. não estava bem e não se abria connosco, a Dra. M. conseguia alcançá-lo.
Agora, sem ela por perto, vamos ver como irá correr!