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Ainda a hiperactividade...

21.05.10, Abigai

Há dias perguntava-me uma mãe se o facto do filho hiperactivo mentir podia estar relacionado com a PHDA.

Naquela altura não tinha dados concretos, contudo, e tendo em conta as experiências vividas em casa, afirmei-me favorável a esta explicação.

Após alguma pesquisa, posso confirmar esta tendência.

 

Quanto mais se tenta contrariar este distúrbio, mais ele afecta. O melhor método é a tranquilidade e não pressionar estas crianças ou adultos. Pessoas com défice de atenção tendem a olhar para todo o lado, desligar-se, parecer aborrecidas, esquecer-se da conversa e interrompê-la com uma informação totalmente fora do assunto.

Conseguem ainda estar atentas a coisas estimulantes, interessantes ou assustadoras, isto porque recebem estimulação suficiente para permitir a concentração.

Daí gostarem de jogos de PlayStation e afins, conseguindo algum tempo de calma e sossego, embora nem sempre quietos e silenciosos!
       

Devido à necessidade de estímulo, este distúrbio leva as crianças e/ou adultos a agir sem pensar: dizem coisas inadequadas às pessoas, mentem, roubam, assumem comportamentos de inquietação, desassossego, cantam em situações menos próprias.
Um hiperactivo adulto pode ter dificuldade em manter um emprego, ainda que realmente o queira pois de repente diz o que pensa, antes de ter a oportunidade de processar o pensamento. Em vez de pensarem bem no problema, querem uma solução imediata e acabam por agir sem pensar. Devido à impulsividade e à falta de pensar antes de agir, dizem a primeira coisa que vem à mente e, em vez de pedir desculpas por terem dito uma coisa que magoou, muitas tentam justificar por que fizeram a observação que magoou, só piorando as coisas. Um comentário impulsivo pode estragar uma noite agradável, um fim de semana, ou mesmo um casamento.

A busca do conflito é frequente para o hiperativo.

Muitas pessoas que sofrem de PHDA inconscientemente procuram no conflito uma forma de estímulo. Não têm consciência de o fazer. Dançar, correr, gritar, e ficar cantarolando são formas de auto-estimulação.

Os pais de crianças com PHDA relatam frequentemente que os filhos são peritos em criar confusões ou discussões desnecessárias.

 

As reacções mais frequentes dos que lhes são próximos (pais, educadores, cônjuges, etc) são irritarem-se, gritando e dando sermões, no entanto, isso não ajuda a criança e/ou adulto pois favorece um comportamento desassossegado e inadequado.

Quando os pais param de oferecer estimulação negativa (gritos, surras, sermões, etc), diminui o comportamento negativo dessas crianças. A estratégia ideal é parar, falar com calma e voz suave, evitando assim aumentar os estímulos e permitir à criança sossegar.

Assim, os intervenientes na educação destas crianças devem controlar os seus impulsos para que a criança não se sinta sob pressão e consiga, por fim, agir calmamente.

 

Concordo sem dúvida, o único problema é que nem sempre estamos com paciência suficiente para conseguir controlar os nossos próprios impulsos, nem sempre conseguimos evitar gritar essencialmente no final de um dia agitado, barulhento e cansativo.

 

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