No início… era apenas um sonho!
Quando trocamos a cidade pelo campo foi para ter uma vida menos stressada mais calma, em suma, mais saudável.
Com as várias doenças autoimunes que tenho, ter uma vida calma era fundamental.
E assim foi nos primeiros meses.
Continuei a trabalhar nos meus projectos, em casa, tratava da horta sempre que o corpo o permitia, fazia caminhadas terapêuticas com as minhas cadelas e ainda sobrava algum tempo para a casa e a família.
O meu G. tirou um ano sabático após terminar o curso profissional e aproveitou para passar a carta de condução.
Como a vila onde estávamos não tinha nenhum clube de Tiro com Arco, modalidade que o G. praticava desde os 12 anos, compramos um bastidor e foi treinando em casa. Contudo, sem clube não poderia competir.
O meu marido estava a concluir o estágio de treinador de tiro com arco, curso que tinha iniciado antes da mudança, uma vez que os planos sempre foram vir a abrir um clube.
O G. tinha sido anos consecutivos Campeão Nacional de Tiro com Arco, e foi o tiro com arco que lhe deu a confiança que precisava para deixar a medicação, foi o tiro com arco que lhe deu concentração, e foi graças também ao tiro com arco que se tornou o homem que é.
Mas apenas três pessoas não fazem um clube ou uma associação… E não tínhamos muitos conhecimentos…
Os meses foram passando e já pouco acreditávamos que iniciar um clube seria possível.